Mercado de Exportação de Moçambique
Breve contexto
- Incidência de crescimento acentuado em Maputo, Matola, Beira, Tete e Nampula.
- Porto de Nacala com boas perspectivas de vir a constituir o principal porto de águas profundas da costa oriental de África.
- Prioridade política à eliminação da pobreza, assegurando estabilidade macro-económica e crescimento sustentado.
- Acordo, em vigor, para evitar a dupla tributação entre Portugal e Moçambique.
- Existência de acordos de liberalização das exportações para os EUA (AGOA – American Growth and Opportunity Act) e União Europeia (EPA - ECONOMIC PARTNERSHIP AGREEMENT).
- Relações económicas liberalizadas com os países da SADC – Southern African Development Community (África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, R.D. Congo, Seychelles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe).
- Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento com vários projectos em curso no país.
- Boa relação política entre Portugal e Moçambique.
Forças
- Localização estratégica na África Austral.
- O conjunto dos países SADC corresponde a 250 milhões de consumidores.
- Classe média em crescimento com aumento do poder de compra.
- Mercado organizado.
- Facilidade, rapidez e custos razoáveis no processo de constituição de empresas.
- Legislação não exige a formação de parcerias para operar no mercado.
- Facilidade de movimento de capitais.
- Procedimentos de migração facilitados.
- Solidez e estabilidade do sistema financeiro e do Estado de Direito.
- Sistema jurídico e regime fiscal semelhantes aos portugueses.
- Forte presença da banca portuguesa no sistema financeiro moçambicano.
- Existência do fundo Investimoz para projetos de investimento, gerido pela SOFID – Sociedade Financeira para o Desenvolvimento.
- Sector da construção tem capacidade para arrastar consigo outras actividades.
Fraquezas
- Mão-de-obra pouco qualificada.
- Limites à contratação de mão-de-obra estrangeira em função da dimensão da empresa.
- Para contratar excepcionalmente mão-de-obra especializada estrangeira, é necessário provar a inexistência dessas qualificações no mercado local.
- Custos de logística elevados.
- Elevado grau de informalidade na economia, desvirtuando o mercado e a concorrência.
- Concorrência desleal por parte das empresas chinesas que entram no mercado sem cumprir todas as exigências legais.
- Lentidão da justiça.
- Evitar recorrer aos Tribunais.
- Inexistência de propriedade privada da terra. O seu acesso só é possível através de concessão, sendo que o processo é, muitas vezes moroso e pouco claro (particularmente nas zonas rurais).
Para vender e investir em Moçambique, é crucial ….
- Saber que o mercado moçambicano é diferente dos outros mercados africanos.
- Estar e deslocar-se ao mercado as vezes e pelo tempo necessário.
- Saber que os investimentos são de médio/longo prazo e sem retorno imediato.
- Seleccionar uma boa parceria no mercado.
- Ter cuidado com a intermediação.
- Atender que certos concursos para infra-estruturas estão limitados a empresas detentoras de capital moçambicano maioritário.
- Conhecer a elevada concorrência a nível dos concursos internacionais.
- Contratar um bom advogado local.
- Estabelecer contactos com o CPI – Centro de Promoção e Investimento.
- Conseguir bons contactos para obter licenciamentos e financiamento.
- Verificar a existência de eventuais oportunidades no quadro dos projectos BAD (Banco Africano de Desenvolvimento) para o sector/mercado.
- Ter um bom diálogo com as Instituições.
Numa relação negocial com o mercado moçambicano, deve…
- Seguir as regras locais.
- Conquistar a confiança pessoal dos agentes locais.
- Estar prevenido de que apesar do mesmo idioma, por vezes a linguagem diverge.
- Saber que os moçambicanos nunca dizem “NÃO”.
- Recorrer, sempre que possível, a materiais moçambicanos numa perspectiva de posição competitiva das empresas.
- Estar ciente de que é difícil exportar de Moçambique.
- Aprender a lidar com a informalidade do mercado.
- Valorizar os projectos que incluam a formação de mão-de-obra local.
- Criar um conjunto de apoios e incentivos para os trabalhadores locais.
- Contar com o apoio da banca de capitais portugueses nas questões de remessas e créditos documentários.
Para mais informações consultar os ficheiros a baixo
Fonte: http://www.portugalglobal.pt/PT/Paginas/Index.aspx